sábado, 14 de fevereiro de 2009

A menina que roubava livros


Markus Zusak
Ed Intrínseca – 480 páginas

Molching, Alemanha, 1939-1943

A história começa em janeiro de 1939, quando Liesel Meminger tem apenas 9 anos e, a caminho de Munique num trem, vê o irmão cair doente e morrer. A mãe e ela param numa estação para enterrá-lo e seguem viagem pois a menina seria adotada por um casal alemão em Molching.

Liesel vai morar com o casal Rosa e Hans Hubberman, moradores da Rua Himmel (que significa Céu), nº 33: a “mãe” lava e passa para fora, é rabugenta e sempre usa termos depreciativos em suas conversas, como Saumensch e Saukerl (pode deixar que o livro explica o que ambos significam!). O “pai” toca acordeão , é um pintor desempregado , vive de bicos e cuida da menina como filha mesmo, com carinho.

Um detalhe, que poderia ser insignificante, muda o rumo da vida da garota: ao ver um livro caído na neve, próximo ao sepultamento do irmão, ela o pega e leva embora, mesmo sabendo que este pertencia ao jovem coveiro. A partir daí, outros livros seriam roubados em situações bem diferentes, além daqueles que ela ganharia do "pai" e de Max Vanderburg, o judeu do porão, entre outras situações especiais.

A vida de Liesel não se resume apenas aos livros, mas inclui: as partidas de futebol com os meninos da rua; a amizade-quase-namoro com Rudy Steiner; os vizinhos da Rua Himmel ; os passeios de bicicleta; os roubos de frutas; as entregas de roupas nas casas dos clientes da mãe; as visitas na casa do prefeito ; o judeu lutador escondido no porão ; as reuniões da juventude hitlerista . Tudo isso faz parte da vida da menina, que cresce vendo os horrores de uma guerra estúpida e sem sentido, criada por causa das palavras do Führer (Hitler).

Palavras...palavras,...palavras... a menina , por fim, percebe o poder que elas têm. Como o mundo tinha mudado porque um homem as usara para isso . E no final, ela conclui : “ Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito.”


Boa leitura!

p.s. existe uma curiosidade sobre a narradora que não é a Liesel mas "alguém" que teve muito trabalho na Guerra...

2 comentários:

  1. Ih Aninha,
    achei que a morte narrasse mais do que pouco q vi, mas no final a conversa com Liesel(ou que seria a alma dela, como a do pai Hans espera calmamente sua hora), gostei muito do livro foi um dos melhores que já li, e confesso que demorei um pouco p/ terminar pois sempre qd chega ao fim dum bom livro é muito triste!
    bjos

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  2. Marcus,

    Verdade isso... quando o livro é bom, dá tristeza terminá-lo...
    bjos e...volte sempre por aqui!

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