sábado, 30 de maio de 2015

As Crônicas de Olam: Luz e Sombras - Volume 1

Leandro Lima Wurlitzer
Editora Fiel - 542 páginas

"Todos nós escondemos muitas coisas. Especialmente, o que realmente somos." (Leannah para Ben, página 345)

Esse livro de ficção cristã caiu nas minhas mãos de um modo meio casual e, quando vi, estava devorando o 1º volume.
Aqui conhecemos um mundo antigo, com cidades habitadas por seres do bem e outras com seres do mal, cheio de alusões à cultura hebraica.

Ben é um jovem órfão, criado por Enosh, um velho lapidador de pedras shoham, que se vê no meio de uma grande aventura quando seu mestre some e deixa uma mensagem enigmática. Junto com seus amigos, Leannah e Adin, parte rumo ao desconhecido para salvar o velho e, de quebra, evitar que as trevas dominem o mundo em que vivem.

Esse mundo possui uma cidade importante, Olamir, que tem uma pedra shoham branca, única e poderosa, que garante a segurança de todos. O brilho de seu "olho" afasta os seres malignos, mas agora esse brilho está enfraquecendo e a única saída é tentar reverter isso, com as instruções do velho lapidador (latash).
Além dessa pedra especial, existem outras mais comuns, mas também especiais, que armazenam informações e permitem a comunicação entre as pessoas. Por isso, o papel de lapidador é restrito e de suma importância para todos e o sumiço de Enosh é muito preocupante.

Ben, seus amigos e o maior guerreiro de Olamir não tem outra saída e precisam agir rápido. Eles vão enfrentar grandes desafios, lutas, guerras, traições e irão se confrontar com dilemas morais e espirituais, além de terríveis seres malignos e demoníacos.

"Não deseje ser um herói para os outros, é peso demais para carregar." (Genver para Ben, página 452)

Vale a pena a leitura!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Códice Constantino

Paulo L. Maier
Editora Vida - 400 páginas

"Assim eu lhes imploro um milagre dos dias atuais, ou seja, que, apesar de sermos 58 pessoas nesta sala, mantenhamos sigilo absoluto até estarmos prontos a anunciar a descoberta ao mundo." (página 264)

Jon e Shannon Weber fazem uma descoberta que pode abalar o mundo moderno e, em especial, o mundo cristão. 

Em uma biblioteca na Igreja Ortodoxa de São Tiago, em Pella (Jordânia), ela encontrou alguns manuscritos antigos, que marcavam as páginas de umas obras antigas. Depois, já na Grécia, o casal encontrou um códice abandonado em outra biblioteca, localizada no Patriarcado Ecumênico de Istambul. Ambos revelaram a existência de mais versículos no final do Evangelho de Marcos e...uma nova epístola de Atos, no caso 2º Atos! 

A descoberta de Istambul parece se tratar de umas das 50 cópias que Constantino, o Grande, encomendou a Eusébio de Cesaréia em 335 d.C. e que nunca foram encontradas.
Se isso, de fato, fosse comprovado, este novo códice teria uma importância tão grande quanto aos códices Sinaítico, Vaticano e Alexandrino.

No paralelo, Jon, que é professor de Harvard, na disciplina de Estudos sobre o Oriente Médio e fundador do Instituto de Estudos das Origens Cristãs em Cambridge, é desafiado por um respeitado líder muçulmano para um debate, após ter tido um problema de tradução de seu livro no Egito. O texto incorreto sugeria uma ofensa a Maomé e, mesmo tendo sido comprovado o erro de tradução, Jon teve que enfrentar a ira de radicais e também teve de aceitar esse debate.
Enquanto se prepara para o debate, Jon ainda arranja tempo para continuar suas pesquisas sobre a autenticidade das descobertas e atender à imprensa.

São duas tramas em uma, que envolvem o leitor. Viagens, descobertas, traição, estudos, pesquisas e muita adrenalina estão presentes do começo ao fim. 

Quase que se pode dizer que Paul Maier é uma espécie de Dan Brown cristão, pois segue o estilo do Código da Vinci, apesar de ir para caminho oposto quando suas descobertas reforçam e legitimam os textos bíblicos.

Vale a pena a leitura!