Chris Cleave
Ed Intrínseca - 271 páginas
"Palavras tristes são apenas uma outra forma de beleza. Uma história triste quer dizer: essa contadora de história está viva." (pág 17)
Ganhei essa obra comovente do meu sobrinho e, quando comecei a leitura, não quis mais parar de ler!
Tudo começa num centro de detenção de imigrantes do Reino Unido. Quatro moças estão prestes a ganhar a "liberdade". Cada uma tem sua história de vida, mas a que você vai conhecer é da Pequena Abelha.
"Abelhinha" é uma jovem de 16 anos que, apesar de ter passado por coisas terríveis (que não vou contar para não estragar), tem uma forma peculiar de ver o mundo e de interagir com as pessoas.
Ela aprendeu a falar o "inglês da rainha", desenvolveu mecanismos de defesa, guardou histórias de sua aldeia no coração. Ela é uma refugiada. E o mundo é hostil, mesmo aquele que se diz "civilizado".
"...agora que eu começara minha história, essa história queria ser concluída. Não podemos escolher onde começar e onde parar. Nossas histórias é que são as contadoras de nós." (página 138)
Se eu fosse você, correria agora mesmo prá conhecer a história de Abelhinha, Sarah, Andrew e...do pequeno Batman!
Você vai rir, chorar, se emocionar, refletir...
Boa leitura!
Resenhas de livros que li e, de certa forma, gostei. Muito ou pouco. Não tenho o objetivo de comparar escolas literárias, estilos, datas, épocas... Leitura pra mim é diversão e divulgo o lado alegre, poético, lúdico, desafiador de cada livro. Boa viagem!
sábado, 15 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Ficções
Jorge Luis Borges (1899-1986)
Companhia das Letras - 176 páginas
Li certa vez um poema (Instantes) atribuído a Borges e me encantei: que sensibilidade!
Hoje, discute-se a autoria dele, mas o nome ficou e, por isso, aceitei ler essa coletânea de contos, quando um amigo me ofereceu o empréstimo da obra.
A questão é: me decepcionei um pouco... O livro é cansativo, confuso e só terminei de teimosa!
OK, existem "insights" interessantes, mas não deixam a obra fluída, gostosa de ler.
De um modo geral, ele fala sobre o acaso ("A loteria na Babilônia"), países e planetas imaginários ("Tlön, Uqbar, orbis tertuis"), a grandiosidade dos livros ("A biblioteca de Babel"), memória ("Funes, o memorioso"), duelos mortais (" O fim" e o "O sul"), o segredo da vida ("A seita da fênix), traição (" A fome da espada").
São temas interessantes, instigantes, e não raro os contos são recheados de fantansia e mistério, mas falta aquela "pegada" para nos prender.
Prá quem quer conhecer um pouco mais desse grande escritor argentino, vale a pena arriscar a acompanhar o pensamento e raciocínio dele.
"Pensar, analisar, inventar não são atos anômalos, são a respiração normal da inteligência." (pág 44)
"...pensar é esquecer diferenças, é generalizar, abstrair..." (pág 108)
Boa leitura!
Companhia das Letras - 176 páginas
Li certa vez um poema (Instantes) atribuído a Borges e me encantei: que sensibilidade!
Hoje, discute-se a autoria dele, mas o nome ficou e, por isso, aceitei ler essa coletânea de contos, quando um amigo me ofereceu o empréstimo da obra.
A questão é: me decepcionei um pouco... O livro é cansativo, confuso e só terminei de teimosa!
OK, existem "insights" interessantes, mas não deixam a obra fluída, gostosa de ler.
De um modo geral, ele fala sobre o acaso ("A loteria na Babilônia"), países e planetas imaginários ("Tlön, Uqbar, orbis tertuis"), a grandiosidade dos livros ("A biblioteca de Babel"), memória ("Funes, o memorioso"), duelos mortais (" O fim" e o "O sul"), o segredo da vida ("A seita da fênix), traição (" A fome da espada").
São temas interessantes, instigantes, e não raro os contos são recheados de fantansia e mistério, mas falta aquela "pegada" para nos prender.
Prá quem quer conhecer um pouco mais desse grande escritor argentino, vale a pena arriscar a acompanhar o pensamento e raciocínio dele.
"Pensar, analisar, inventar não são atos anômalos, são a respiração normal da inteligência." (pág 44)
"...pensar é esquecer diferenças, é generalizar, abstrair..." (pág 108)
Boa leitura!
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