quarta-feira, 30 de março de 2011

Um Momento Inesquecível


Nicholas Sparks
Editorial Presença - 155 páginas

"...tudo o que eu consigo recordar daquele momento foi que, quando nossos lábios se tocaram pela primeira vez, eu sabia que a recordação iria durar para sempre." (pág 113)

A primeira vez que assisti o filme "Um Amor para Recordar" (baseado nesse livro), chorei. A segunda vez, chorei também e a terceira...chorei.

Agora, ao ler essa edição portuguesa, o resultado não foi diferente...

Trata-se da história da certinha Jamie Sullivan, filha do pastor Hegbert, que se apaixona por um colega de escola não tão certinho assim...

Ele é Landon Carter. Para tentar provar que é bom em alguma coisa, Landon decide se inscrever nas aulas de teatro da escola e é escolhido para contracenar uma peça de Natal emocionante com...Jamie, claro!

No começo, ele se irrita com o jeito dela de querer só fazer o bem, andar com a Bíblia para cima e para baixo etc. Sem falar que os amigos passaram a fazer gozações com sua nova "namorada".

Landon reluta em admitir seu amor, mas quando cai em si descobre-se apaixonado por Jamie.

Tudo seria perfeito se... bom, quem não leu, precisa ler e não vou estragar a história, mas aviso: leve uma caixa de lenços junto!

O filme tem a mesma trama, apesar de inserir gostos/desejos de Jamie, que não constam no livro (como fazer uma tatoo ou ter um telescópio para ver as estrelas) e de excluir suas visitas constantes ao orfanato local. Mas, ambos, conseguem emocionar...e muito!

Boa leitura!

p.s. quem quiser ver um trechinho do filme, segue um link com a parte em que Jamie canta na peça de Natal.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Pégasus e o Fogo do Olimpo

Kate O´Hearn
Editora Leya - 294 páginas

"A guerra chegou ao Olimpo. Não houve aviso." (pág 7)


Pégasus fugiu de uma guerra no Olimpo e foi seguido por Paelen, um ladrão Olímpico, que só queria roubar as rédeas douradas do garanhão alado para se dar bem na vida.  Porém, no meio da invasão do inimigo no Olimpo, os dois são atingidos por um raio e caem na Terra semi inconscientes. Paelen vai parar num hospital de uma agência governamental secreta e vira experimento em testes de laboratório. Seria ele um alienígena?

Pégasus, por sua vez, cai no terraço de um grande edifício em Nova Iorque, onde mora Emily, uma garota de 13 anos. Ela mora lá com o pai (policial Steve) no último andar e ouve um grande barulho, num dia em que cai uma grande tempestade. Ao checar o motivo, descobre Pégasus e decide cuidar dele com a ajuda de seu amigo Joel, italiano conhecedor da mitologia romana.

Tudo estaria perfeito se não surgissem seres estranhos de quatro braços (os Nirads) que querem destruir Pégasus e seus amigos.

Mas...qual é o motivo? Quem são eles? O que aconteceu com o Olimpo?

A partir daí, eles precisam fugir, lutar pela sobrevivência do grupo e tentar salvar o mundo mítico e o mundo real.

A aventura é bem elaborada, tem um ritmo legal, e é mais linear que as do Rick Riordan. Além disso, tem poucos personagens e se ambienta apenas em Nova Iorque. Não há grande viagens, reviravoltas e surpresas.

Os chavões estão presentes (crianças que perderam os pais, ou um deles, por exemplo), mas a forma como a narrativa é conduzida (intercalando capítulos com a situação de Pégasus e a de Paelen) consegue segurar o leitor.

Boa leitura!

domingo, 20 de março de 2011

A Vida Humana

André Comte-Sponville
Martins Fontes - 104 páginas

"...ninguém vive sozinho: toda vida humana supõe outras, que a geram, que a educam, que a acompanham, que cruzam com ela, que a perturbam, que a fortificam, contra as quais se apóia ou se opõe, se define ou se busca." (pág 68)

Para você o que é a vida humana? O resultado da criação divina ou fruto do acaso?
Para o ateu Spoville, a resposta é óbvia, mas as reflexões que ele faz acerca das diversas etapas da vida, por alguns momentos, parece sair da boca de um cristão.

"Como não pensar no Antigo e no Novo Testamento? É o que há de belo nessa religião (...) que Deus tenha uma família, que ele seja tambérm filho" (pág 52)

Como bem disse meu amigo Laion Monteiro (que tem um blog lindo!), "Em alguns momentos da leitura, pensei comigo: Ou esse cara é cristão e não sabe ou eu sou ateu e ninguém me disse".

É claro que, aquilo que ele não pode explicar, como o que existia antes da vida na terra e o que nos aguarda no porvir, ele prefere deixar em aberto: "Por que existe alguma coisa ao invés de não existir nada?" 

Mas ao falar das fases da vida como nascimento ("ninguém nasce livre, torna-se livre");  infância ("...é um milagre e uma catástrofe"); adolescência ("...é um mistério e uma promessa"); morte ("não é problema, nem para os vivos, nem oara os mortos") ele esboça reflexões profundas, que nos levam a ver a maravilha que é a vida humana.

Ele exalta o prazer de viver e a coragem que é viver.


"Que tristeza seria viver apenas para não sofrer!"

Impossível discordar disso...

"É o amor que vale, já que é só por meio dele que existe valor. É o amor que faz viver, pois só ele torna a vida amável."

Pois então, meu caro amigo, há cerca de 2 mil anos Paulo já escrevia a mais bela definição de amor, conforme capítulo 13 de I Coríntios:
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor."  (versos 1, 4-7,13)

Minha oração é para que o autor venha conhecer um dia a origem desse amor em Jesus.

Boa leitura!


quarta-feira, 16 de março de 2011

Perdido no Deserto

Mike Wells
Abba Press Editora - 202 páginas

"Existe alguma derrota, falha, depressão, ansiedade, frustração ou pecado que não tenha suas raízes na descrença?" (pág. 41)

Ganhei esse livro de uma grande amiga, que passou recentemente por um deserto bem amargo: o da traição.

Cada um de nós passa por desertos na vida, dos mais diversos: pode ser uma doença,  a perda de um ente querido, a perda do ganha pão da família etc. O fato é que tantos justos quanto injustos passam por provações.

Como reagir? Como superar? Como não nos agarrar "às coisas que não podem nos dar vida?"

O autor não dá uma receita pronta, mas indica o caminho: creia em Jesus, tenha fé e permaneça nEle!

"Permanecer [em Deus] é saber que estamos sendo cuidados mesmo quando não conseguimos cuidar de nós mesmos. "

Entregue e descanse. Abandone seus ídolos. Troque sua vida interior por uma nova vida, uma vida plena em Cristo. Viva momento a momento com Deus.

"Relacionamentos sempre fluem; o que os faz maravilhosos não é o que aconteceu no passado, mas o que está acontecendo nesse presente momento."

De uma forma clara e objetiva, o autor dá vários exemplos práticos e aborda as questões básicas de quem passa por dificuldades: por que eu? Por que não fico feliz, apesar de tentar fazer tudo certo?

Você não vai encontrar o gabarito no final, mas vai trilhar cada página com um brilho no olhar, ah isso vai!

Vale a pena a leitura!

terça-feira, 8 de março de 2011

Melancia

Marian Keyes
Edições BestBolso - 489 páginas

"Desejava um mundo onde as coisas boas e as más tivessem rótulos claros (...) Nada que force a pessoa a se angustiar a respeito nem lhe tire o sono a noite inteira." (página 441)

Claire é uma jovem casada de 29 anos e mora em Londres. É alegre, bonita e extrovertida. Trabalha.
Hum...tá tudo muito perfeito? Então, espere.
No hospital, assim que dá à luz a uma linda garotinha, seu marido (James) decide pôr um ponto final na relação. Ele arranjara outra e não a ama mais.

Bom, prá quem acha que haverá uma história dramática, cheia de reviravoltas, esqueça. Até mais da metade do livro a autora narra a tristeza de Claire, seus sonhos perdidos e a forma como tenta se encaixar novamente na casa da mãe em Dublin, depois de 7 anos de independência.

O bom humor e as piadinhas constantes é que fazem o livro ter alguma valia, mas a história é fraca, pobre e cheia de clichês românticos a la Hugh Grant (aliás, ele seria o James perfeito para uma versão cinematográfica!).

Claire se sente a pior das mulheres até que conhece Adam, amigo de sua irmã mais nova, que ainda estuda na faculdade. Ele é lindo demais, charmoso demais, perfeito demais.

Não vou contar o resto, mas já dá prá prever o que acontece e como termina.

Serve como leitura light para um feriado de Carnaval (como foi o caso), mas esqueça se tiver pouco tempo ou se procura enriquecer seu repertório literário.