quinta-feira, 25 de agosto de 2011

À beira do apocalipse


Tim Lahaye & Craig Parshall
Thomas Nelson Brasil - 417 páginas

"...ela aprendia uma importante lição sempre que se defrontava com os desafios da vida que eram de tirar o fôlego ou assustadoras. Nessas situações, as opções eram bem claras: agir com fé ou ser governado pelo medo." (pág 125)

Joshua Jordan criou uma tecnologia chamada RTS (retorno ao remetente), que "devolve" ao emissor qualquer míssil nuclear disparado. O sistema estava em fase de aprovação pelo governo dos EUA, quando 2 mísseis são disparados de um navio norte-coreano. Destino: Nova Iorque.

Não há tempo para se pensar muito e o RTS é acionado para defender o país, explodindo o navio emissor.

A partir daí, Joshua e sua família não têm mais sossego: o governo nega que havia autorizado o disparo, a mídia só divulga o que o governo permite e Joshua tem de acionar seus advogados e amigos para se defender perante a Justiça.

No outro lado do Atlântico, Atta Zimler (o assassino nº 1 na lista de procurados pelo FBI), recebe uma tarefa: conseguir todas as informações do RTS. O valor do pagamento é alto e ele não teme em deixar rastros de sangue por onde passa.

Joshua não sabe, mas corre perigo. E sua esposa (Abigail) e filhos (Debby e Cal) também.

Os capítulos da trama são curtos, bem amarrados e te prendem do começo ao fim.

A abordagem é cristã e mostra como as profecias bíblicas se cumpriram até hoje e como, hipoteticamente, podem vir a se cumprir daqui pra frente.

A globalização está aí e tudo caminha para o fim. Teremos sabedoria em interpretar os sinais?

Boa leitura!



sábado, 13 de agosto de 2011

Acontece a cada Primavera


Gary Chapman e Catherine Palmer
Editora Mundo Cristão - 300 páginas

"Se um dia desses pararmos para dar mais atenção às mulheres e passar mais tempo com elas, vamos saber exatamente o que elas esperam de um homem."
Steve Hansen (página 276)

Imagine uma cidadezinha do interior do Missouri (EUA) chamada Tranquility, com seus habitantes bondosos e bonachões, onde reina a paz.

Será que reina mesmo?

Brenda e Steve estão casados há 25 anos, tem 3 filhos, uma boa casa e um excelente padrão de vida. Ele é corretor de imóveis e ela é dona de casa. Tudo é muito certinho, até que um dia ela se descobre infeliz pela ausência do marido. Ele, por sua vez, se descobre infeliz pelo distanciamento da esposa. Um culpa o outro pelo fracasso da relação.

A cidadezinha tem ainda um pequeno centro comercial, onde fica o salão de cabeleireiros de Patsy Pringle, chamado Assim Como Estou. Lá as mulheres se reúnem não apenas para se embelezar,  mas também pra conversar e tomar um chá no anexo.

Esther, Ashley e Kim são algumas dessas mulheres que revelam seus problemas e medos, e procuram ajudar umas às outras com carinho, dedicação e sem esperar nada em troca.

O cotidiano da cidade é retratado fielmente e parece mesmo que você conhece cada um dos habitantes descritos e que já andou, inclusive, com Steve pelas redondezas, visitando várias casas para comprar.

Para estragar esse "lirismo bucólico", surge nas redondezas um rapaz sem teto chamado Cody, que amedronta a todos. Quem é ele? O que quer? Cody vira assunto na região.

O ponto fraco do livro é que a trama demora para engrenar e, quando isso acontece, o livro já está quase no fim.

O ponto forte, porém, está na busca das soluções dos problemas em Deus. Está em ter uma vida cristã autêntica, que ora, procura se aconselhar, testemunha, intercede, ama ao próximo com atitudes, etc.


Apesar de tratar de situações complicadas (adultério, doença em família, abandono de incapaz etc), achei um pouco ingênua algumas soluções encontradas, assim como o tempo e a forma com que foram superadas.


É utópico pensar que todos os nossos amigos agirão como os habitantes de Tranquility e que mesmo nós seremos sempre tão altruístas, mas fica o desafio de seguirmos o exemplo de Jesus.

Agora, se você mora nessa cidadezinha tão adorável, sorte sua.  Se aparecer algum problema, saiba que uma boa parte dela vai se mobilizar por você, ah vai!

Boa leitura!

domingo, 7 de agosto de 2011

Exodus


Leon Uris
Record - 606 páginas

"Toda a minha experiência me diz que os judeus não podem ganhar [a guerra]. Mas, quando se vê o que eles fizeram com essa terra, a gente é obrigada a crer em milagres." Bruce Sutherland (página 456)

Uma amiga querida, a Alê, me emprestou esse livro e, logo de cara, vi que não era um livro qualquer.

Apesar de ser um romance, os fatos históricos narrados aconteceram de fato: as duas grandes guerras, o genocídio de milhões de judeus, a dispersão dos judeus pelo mundo, a declaração do Estado de Israel.

Os personagens, porém, foram criados para dar vida e voz a um povo que sempre lutou para existir na terra de seus ancestrais e ver seus filhos crescerem segundo os mandamentos de Deus.

Nesse sentido, quando lemos sobre Ari Ben Canaan, Kitty Fremont, Karen Clement, Dov Landau, David, Akiva, Barak e tantos outros personagens da trama, aprendemos a enxergar o dilema palestino com outros olhos. Aprendemos a enxergá-lo sob a ótica de quem teve sua casa tomada, sua família massacrada, seus direitos usurpados, mas que ainda confia num Deus que tudo pode, que ainda luta por sua terra e por sua história.

É impossível não se emocionar com a saída do navio Exodus para Palestina (lotado de crianças a bordo), com as histórias dos campos de concentração, com as perdas diárias...

Na verdade, cada página traz emoções fortes, sofridas e intensas. Haja coração.

Boa leitura!