domingo, 3 de junho de 2012

As esganadas

Jô Soares
Companhia das Letras - 262 páginas

Rio de Janeiro, década de 30, época de Getúlio no poder.

Esse é o pano de fundo de uma história em que várias moças obesas são assassinadas com requintes de crueldade, em locais e formas diferentes.

Logo de cara já sabemos quem é o assassino e o motivo que o leva a cometer tais atrocidades.

A polícia, por sua vez, não sabe por onde começar a investigar, pois não encontra nenhuma impressão digital do psicopata nos locais dos crimes.

Enquanto isso, novas moças aparecem mortas pela cidade: nuas, machucadas, sem as órbitas oculares. Todas morrem com o estômago cheio. Cheio até demais.

Claro que não faltam personagens caricatos, como o português Tobias Esteves, o delegado Noronha Mello, o inspetor Calixto, a bela jornalista Diana e a figura de um anão - como sempre! Mas o que era para ser algo engraçado, perde a graça com a descrição das mortes: são descrições macabras e desnecessárias para esse tipo de leitura.

Jô Soares já esteve melhor. O limite do bom humor e do mau gosto é bem tênue e em vários momentos o segundo leva vantagem.

Se for pra escolher, prefira a obra anterior dele: Assassinatos na Academia Brasileira de Letras.

2 comentários:

  1. Retirado da lista Paulinha! Obrigado pela resenha!

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  2. Ah Rafa, prefira os outros livros dele. Esse deixou muito a desejar...
    bjos e saudades!

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