Jô Soares
Companhia das Letras - 262 páginas
Rio de Janeiro, década de 30, época de Getúlio no poder.
Esse é o pano de fundo de uma história em que várias moças obesas são assassinadas com requintes de crueldade, em locais e formas diferentes.
Logo de cara já sabemos quem é o assassino e o motivo que o leva a cometer tais atrocidades.
A polícia, por sua vez, não sabe por onde começar a investigar, pois não encontra nenhuma impressão digital do psicopata nos locais dos crimes.
Enquanto isso, novas moças aparecem mortas pela cidade: nuas, machucadas, sem as órbitas oculares. Todas morrem com o estômago cheio. Cheio até demais.
Claro que não faltam personagens caricatos, como o português Tobias Esteves, o delegado Noronha Mello, o inspetor Calixto, a bela jornalista Diana e a figura de um anão - como sempre! Mas o que era para ser algo engraçado, perde a graça com a descrição das mortes: são descrições macabras e desnecessárias para esse tipo de leitura.
Jô Soares já esteve melhor. O limite do bom humor e do mau gosto é bem tênue e em vários momentos o segundo leva vantagem.
Se for pra escolher, prefira a obra anterior dele: Assassinatos na Academia Brasileira de Letras.
Retirado da lista Paulinha! Obrigado pela resenha!
ResponderExcluirAh Rafa, prefira os outros livros dele. Esse deixou muito a desejar...
ResponderExcluirbjos e saudades!