terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O silêncio das montanhas

Khaled Hosseini
Globo Livros - 350 páginas


"Eu estive ausente. Ausente de todas as refeições (...), das risadas, das discussões, das fases de tédio, das doenças, da longa série de rituais simples que compõem uma vida." (pagina 288)

Ausência é a palavra chave dessa obra prima de Khaled Hosseini, que começa na década de 50 na aldeia de Shadbagh (Afeganistão) e termina nos dias atuais em Paris.


Abdullah e Pari são irmãos, que vivem com o pai (Saboor), a madrasta (Parwana) e o meio-irmão caçula (Iqbal) numa aldeia pobre do Afeganistão. Ele tem cerca de dez anos e ela, três.
Tudo muda quando Saboor decide ir para Cabul para trabalhar para o patrão do cunhado (Nabi), na reforma da casa. Quer dizer, isso é o que ele diz.

A partir daí, somos levados a conhecer o casal Wahdati, os irmãos Timur e Idris (tão diferentes em suas atitudes!), Roshi (vítima da guerra), Adel, Gholam, Thalia (vítimas das circunstâncias), a enfermeira Amra, o médico grego Markos, entre muitos outros. Todos têm uma história, uma dor, um dilema, um motivo para rir e outro para chorar.

"... algumas pessoas lidam com a infelicidade da mesma maneira como outras lidam com o amor: de um jeito particular, intenso e sem apelação." (pág.118)

Cada um agiu - ou não - segundo seus princípios, sua cultura, seu tempo e acompanhamos as consequências pelos anos e décadas seguintes.

São histórias lindas, que provocam lágrimas em diversos momentos, e por isso, tornam essa obra mágica.

Leitura indispensável!



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