sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Toda Poesia


 
 
Paulo Leminski (1944 - 1989)
Companhia das Letras - 421 páginas

"Uma vida é curta
para mais de um sonho." (página 15)

O curitibano Paulo Leminski se equilibrou entre a poesia concreta, formal e a lírica, prosaica.

Toda Poesia é uma coletânea de suas obras: Distraídos venceremos, La vie em closeQuarenta clics em Curitiba, Caprichos & relaxos,  além de poemas esparsos.

O poeta, claro, fala de amor:

"basta um instante
e você tem amor bastante" (pág 295)

" a noite-enorme
tudo dorme
menos teu nome" (pág 317)

Fala de segredos:

"ler se lê nos dedos
não nos olhos
que olhos são mais dados
a segredos." (pág 342)

Evoca os céus, a noite, as estrelas:

"a noite
me pinga uma estrela no olho
e passa" (pág 91)

"só uma nuvem
te separa
das estrelas" (pág 93)

O poeta clama pela eternidade...

"abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri
antigamente eu era eterno." (pág 235)

...e resiste ao tempo:

"na rua
sem resistir
me chamam
torno a existir" (pág 117)

O poeta cria, comove, espanta, provoca.

Leia essas poesias inteiras: "Rumo ao Sumo" (minha preferida), "Bem no fundo", "Além alma" e "O que passou passou?" e evite suspirar.
Impossível, né?

Leitura mais-que-recomendada!

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