"...o amor é o tema mais interessante (...) qualquer outro tema só tem interesse à medida do amor que temos por ele."
Um amigo me apresentou esse filósofo francês maravilhoso que, a despeito do ateísmo, fala do amor como um verdadeiro cristão.
Ao falar do amor, ele recorre ao grego e evoca eros, "o amor-paixão"; philia, o amor da amizade, no sentido mais amplo, de amar quem está mais perto; e ágape, o amor como caridade.
Mas seria o amor a falta de alguma coisa que se deseja (Platão)? E quando se consegue o que se deseja, o amor é o mesmo?
Não, não é.
Se seguirmos Schopenhauer para responder, cairemos no tédio, se seguirmos Espinosa, transbordaremos na potência do sentimento. Ou se formos na linha de Aristóteles, iremos nos regozijar pela simples existência do ser amado.
Difícil definir quem tem razão...
Na verdade, todos têm, na medida que a vida afetiva é composta de pólos (falta/tédio x potência/prazer/alegria), cujos sentimentos transitam nas diversas esferas.
Um casal feliz é "...o casal que soube transformar a falta em alegria, a paixão em ação, o amor louco em amor sereno: é um casal que, em vez de cair de Platão em Shopenhauer, subiu de Platão a Aristóteles, de Platão a Espinosa."
Ao falar do amor ágape, ele diz que a caridade "trata-se de consentir em existir um pouco menos, para que o outro possa existir um pouco mais."
O amar sem nada em troca é divino:
"ama a ti como tu és, isto é, como qualquer um, e verás que será possível amar qualquer um como a ti mesmo."
Muito já se falou do amor, mas sempre encontramos bons motivos para continuar lendo e, principalmente, vivendo esse amor em suas várias esferas.
Boa leitura!
Amei,Ana!
ResponderExcluirComo resenhas bem!
Fiquei com água na boca.
Tô doidinha pra ler, =).
Um beijo.