Ricky Martin
Planeta - 300 páginas
"eu havia me tornado especialista em esconder emoções." (página 71)
Sim, eu era fã do grupo Menudo. #prontofalei
E tinha uma queda especial pelo Rickinho, o caçula do grupo, quando a febre estourou no Brasil.
Sabia as letras das músicas de cor, em português, inglês e espanhol e a coreografia das músicas também. Só quem viveu a infância nos anos 80 sabe o que esse grupo causou na América Latina e no mundo: um rebuliço.
Por isso, quando um amigo (obrigada Wesley!) me ofereceu esse livro emprestado, não hesitei em aceitar.
Nesta biografia, escrita precocemente aos 38 anos de idade, Ricky se abre com coragem: fala da infância feliz em Porto Rico, do amor à música desde pequeno, da entrada no Menudo, da loucura dos shows, das viagens, da disciplina aprendida desde cedo, do conflito interior em se sentir deslocado no mundo, da busca espiritual, da decisão em assumir-se homossexual e, por fim, da paternidade via barriga de aluguel.
O capítulo que fala da paternidade dos gêmeos Matteo e Valentino, aliás, é emocionante. Ele se derrama em elogios ao pequenos e demonstra um amor incondicional.
Para ele, tudo aconteceu na hora certa, como tinha que ser.
O autor/ator/cantor também fala como nasceu a decisão de fazer filantropia e ajudar crianças que são vítimas de tráfico. Ele ajudou pessoalmente nos desastres do tsunami na Tailândia em 2004 e no terromoto do Haiti em 2010, por exemplo, lutando para evitar a exploração de menores em situações tão terríveis quanto essas.
Enfim, essa é, no mínimo, uma leitura interessante - ainda mais se você chacoalhou os ossos ao som de "Não se reprima" quando criança.
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