quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Americanah

Chimamanda Ngozi Adichie
Companhia das Letras - 520 páginas

"...ela parou de sonhar. Estava com medo demais de ter esperanças..." (página 111)

Ifemelu é uma jovem que vive em Lagos, Nigéria, e vive a vida típica de uma jovem da sua idade. Estuda, namora (Obinze), curte os amigos e tem planos para o futuro. Porém, estamos nos anos 90 e o país é governado por um regime militar. As faculdades vivem em greve e a perspectiva de uma vida melhor se encontra em Londres ou nos Estados Unidos.

Ifemelu, então, junta seus poucos recursos e vai para os EUA para estudar. Lá, ela se depara, pela primeira vez, com o racismo. Cor da pele, que nunca significou nada, passa a ser determinante para conseguir emprego, ser aceita nos grupinhos ou, até, para encontrar um namorado. Mas, e Obinze, seu namorado nigeriano? Bom, ele não conseguiu o visto para acompanhar a namorada e, por motivos diversos, foi parar em Londres. O namoro deles, que era tão puro e verdadeiro, é colocado à prova graças a um terrível episódio na vida de Ifemelu e, durante anos, cada um vai construindo - e desconstruindo também - suas vidas.

O livro é uma daquelas obras que você devora e se pergunta porque não leu antes. Ficção e realidade se entrelaçam: temos o atentado das torres gêmeas, a eleição de Obama, a discussão acerca dos imigrantes permeando toda a trama.

Se estiver em dúvida em qual livro ler ainda esse ano, já achou. Ele é apaixonante.

Boa leitura!

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