LeYa - 288 páginas
"Propus-lhe um acordo. Eu lhe daria permissão para o beijo que tanto desejava se ele escrevesse um poema para mim." (página 19)
Assim que soube que ia ficar de molho por algumas semanas, uma amiga trouxe dois livros para eu ler: este e o volume dois. Ela, porém, fez o alerta - Não sei se você vai gostar. Eu nunca tinha lido um livro assim. Leia e depois a gente conversa.
Fiquei curiosa, claro, e comecei a ler a história de Florence e Giles, dois meio-irmãos órfãos, que são criados num casarão na Nova Inglaterra, em 1891, pelos empregados do tio misterioso e ausente.
Florence tem 12 anos e Giles, oito. Por ordens do tio, ela não devia aprender a ler, apenas a costurar e a fazer tarefas femininas. Já o irmão, depois de uma experiência em um colégio interno, passa a ser educado em casa por uma preceptora, a srta Whitaker. Flo, porém, descobre um aposento "proibido" na casa: uma biblioteca e, usando de várias estratégias, consegue frequentá-la e aprende a ler por conta própria. Lê de tudo um pouco, mas se apaixona por Shakespeare:
"Chorei pelo rei Lear, fiquei com medo de Otelo e aterrorizada com Macbeth; Hamlet, simplesmente adorei. Os sonetos emocionaram-me." (pág 17)
Uma tragédia, porém, faz com que venha outra preceptora (srta Taylor) e a vida de Florence começa a se complicar, já que ela acredita que a mulher veio com más intenções.
Este não é um tipo de livro que eu curta (tem coisas muito macabras!), apesar do comecinho me enganar, mas li até o fim pela curiosidade. Fantasia ou realidade: o que de fato aconteceu naquela casa nos meses seguintes? O final é surpreendente e não sei até agora o que pensar.
Pra quem curte um terror, vai amar.
Boa leitura!
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