segunda-feira, 22 de julho de 2013

O amante de lady Chatterley

D.H.Lawrence (1885-1930)
Penguin Companhia - 554 páginas

"E até então, assim era a vida: num vácuo. Quanto ao resto, era uma não existência." (página 65)

Lawrence escreveu essa obra num cenário de dor e sofrimento, pouco antes da sua morte: ele sofria de tuberculose e sua esposa, Frieda, tinha um caso amoroso com um italiano. Além disso, a Europa ainda sofria com as perdas humanas na Primeira Guerra Mundial. A vida não estava fácil...

Daí, podemos entender um pouco o contexto da trama: o baronete Sir Clifford casa-se com Constance em 1917 e pouco depois vai para a guerra. Volta paralítico no ano seguinte e se refugia em Wragby Hall, casarão que fica no campo, perto das minas da família.

"Clifford Chatterley era de classe mais alta que Connie. Ela pertencia à intelligentsia bem de vida, mas ele vinha da aristocracia. [Doris Lessing, tradutora - página 52]

Ele, então, se dedica a escrever, publicar seus textos e sair nas colunas sociais. Se fecha em seu mundo, sem dar a atenção e o devido carinho à mulher. Ela, por sua vez, não tem nada a fazer além de cuidar dele e receber seus amigos para jantares e conversas que a entediam.

Um dia, porém, Constance (Connie) conhece o guarda-caça Mellors, que trabalha para Clifford e mora num casebre na propriedade, e sua vida toma um rumo bem mais intenso e significativo. Os conflitos de classe aparecem, mas o amor entre eles tende a superar todos os obstáculos. Será que vão conseguir?

Na época em foi publicado, o livro foi proibido na Inglaterra e nos Estados Unidos. Hoje é algo água com açúcar se comparado aos Cinquenta Tons de Cinza da vida.

Boa leitura!

2 comentários:

  1. Onde existe amor não existe pecado, nunca existiu e nunca vai existir!

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