Collen Hoover
Editora Record - 368 páginas
"Começo a balançar a cabeça, querendo esquecer os últimos quinze segundos. Quinze segundos. Só isso já basta para mudar completamente tudo sobre uma pessoa." (página 185)
Lily Bloom é uma jovem de 23 anos que acabou de enterrar o pai, e se encontra no parapeito de um edifício alto, pensando na morte, quando tem seus devaneios interrompidos por um estranho, que chega bravo, chutando uma cadeira. Ele é o neurocirurgião Ryle Kincaid e, logo de cara, rola um clima entre eles, mas nada acontece, apenas um diálogo onde eles dividem verdades nuas e cruas. O reencontro e paixão vai ocorrer depois.
Primeiro assisti ao filme e, por ter gostado e visto toda a repercussão das brigas entre os atores principais, decidi ler o livro também.
Obviamente, tem muita coisa diferente, a começar do local onde Lily vive: aqui ela divide um apartamento com uma amiga, que nem aparece no filme. Além disso, Lily tem um diário, onde ela escreve para uma Ellen DeGeneris fictícia, contando detalhes de sua vida e lembrando fatos do seu programa. No filme, ela é sequer citada.
A coincidência da irmã de Ryle querer trabalhar na floricultura de Lily, apesar dela ser rica e ter de tudo, é estranha no filme e no livro, mas aqui dá pra perceber como a amizade entre as duas cresceu a tal ponto, de se amarem como irmãs. Allysa é o porto seguro de Lily no trabalho e na vida pessoal. Ela não é uma coadjuvante como parece ser no filme.
E, claro, ainda tem Atlas Corrigan, o "sem teto" que foi a paixão de Lily na adolescência e acabou sumindo depois de conseguir ir morar com um tio em outra cidade. Aqui temos mais detalhes da história de Atlas e o ator Brandon Sklenar super encorporou o personagem.
O tema da violência contra a mulher é tratado sob 2 ângulos: um com um pai que bebia e descontava na esposa e outro que, depois de sofrer um trauma na infância, passou a agir assim em algumas situações específicas. Em ambos os casos, não há justificativa pra qualquer tipo de violência, ainda mais dentro de casa, com sua esposa. As reflexões que Lily faz são pertinentes demais, especialmente pra quem viveu/vive algo similar em casa, uma vez que podemos ser tentadas a justificar, relevar, seguir em frente para que nossos filhos tenham um teto pra morar, custe o que custar. Mas será que essa é a única saída nessas situações?
Vale a pena a leitura!
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