sábado, 2 de janeiro de 2021

Petrus Logus: o guardião do tempo - Vol 1

Augusto Cury
Editora Saraiva - 288 páginas

"... o ser humano, quando se sente ameaçado, deixa de ser Homo sapiens, um ser pensante, e se torna Homo bios, um ser instintivo que só vive para si ou para seu grupo. Ele deixa de pensar como espécie. Guarde isso: nossa mente é tão complexa que, quando não tem inimigos, ela os cria." (página 20)

Terminei o ano de 2020 lendo uma ficção juvenil que, por incrível que pareça, acabou me prendendo! Ganhei esse livro há algum tempo e ele ficou guardado na estante até que eu buscasse algo leve pra terminar um ano complicado. Digamos que acertei até certo ponto, pois nem tudo é leve no Reino de Cosmus, ou melhor, nada é leve por lá, só a pureza de espírito do jovem Petrus, um dos filhos do rei Apolo.

Apolo ser tornou rei depois de muitos anos da Terceira Grande Guerra, onde a humanidade quase foi dizimada porque esgotou seus recursos naturais e acabou entrando em colapso.

Com a assessoria de conselheiros corruptos (Terrívius, Demétrius e Cômodus), além do sumo sacerdote Superius, Apolo governa de forma a explorar o povo, sem permitir, inclusive, que tenham acesso à educação e aos livros.

Petrus, porém, é educado por Malthus, um sábio do reino, a pedido da falecida mãe Ellen, e cresce sedento pelo conhecimento e pelos livros. Ele tem um irmão gêmeo - Lexus - que é seu oposto: ama as artes da guerra, é egoísta e ainda não tem nenhuma compaixão pelo próximo, seja ele quem for.

O rei precisa tomar uma decisão difícil: escolher o herdeiro do trono e para isso, apresenta os 2 jovens ao reino, para cumprir tarefas de guerra e de força. Petrus, claro, não se sai bem, mas acaba ganhando o direito de escolher um presente do Rei. Sem titubear, pede que este lhe dê a Biblioteca do palácio, até então fechada para qualquer pessoa, e o rei a concede, bem a contragosto, obviamente.

A partir daí, nosso jovem passa a enfrentar aventuras e dificuldades que colocam em risco sua integridade física, mas que farão dele um jovem destemido, justo e muito corajoso.

Lições sobre empatia, coragem, integridade, lealdade e amor permeiam o livro todo e, entre uma aventura e outra, somos confrontados sempre por Invictus, o leão branco que aparece, dependendo daquilo que a alma de Petrus é alimentada.

O livro deixou um gostinho de "quero mais" e logo devo correr atrás do volume 2 pra saber como a saga termina.

Vale a pena a leitura!


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