O Gato Sou Eu -200 páginas e
A Faca de Dois Gumes - 240 páginas.
Há 4 anos, a literatura brasileira teve uma grande perda: a morte de Fernando Sabino (1923-2004).
Nascido em Belo Horizonte, Sabino era o último vivo do quarteto mineiro de escritores integrado por Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos.
Escreveu novelas, romances, contos e crônicas e foi um dos responsáveis por minha paixão à leitura.
Em 1986, li uma de suas obras (O Gato Sou Eu) e me vi nas crônicas do "Ratinho Curioso" e da "Gravata com G". Quem é que nunca perdeu o sono por um barulho estranho ou não teve que correr atrás de um presente encomendado? Ou quem é que não conhece alguém que tem uma memória de peixinho dourado, como em "Como eu dia dizendo" ?! E o que dizer das dúvidas de português, que são levantadas em "De mel a pior" e das situações embaraçosas de "Do Arco da velha", "O Livro perdido" e de "O que faz um escritor"? Não dá vontade de parar de ler...
Nas minhas férias, além de reler essas crônicas, reli também A Faca de Dois Gumes, que traz 3 novelas "de amor, intriga e mistério": "O Bom ladrão" trata da mania de uma esposa em furtar pequenos objetos e deixar o marido sempre em situações complicadas. Em "Martini Seco" um delegado tenta resolver um impasse para um casal, onde um culpa o outro por planejar a morte do outro: quem tem a razão? E, por fim, em "A Faca de Dois Gumes" apresenta um crime perfeito até que... aí é só lendo!
Uma boa pedida para quem curte crônicas curtas, que tratam de coisas do cotidiano com bom humor, inteligência e deixa um gostinho de "quero mais".
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