quinta-feira, 8 de agosto de 2024

O rouxinol

 

Kristin Hannah
Ed Arqueiro - 544 páginas

"Se há uma coisa que aprendi nesta minha longa vida foi o seguinte: no amor, nós descobrimos quem desejamos ser; na guerra, descobrimos quem somos."
(página 7)

Vianne Mauriac gostava de sua vida de casada: morava numa casa boa na França, no vale do Loire, e curtia seu marido Antoine e sua filha de 8 anos, Sophie. 
Como perdeu a mãe cedo e não teve o amor de pai que precisava, acabou se casando muito jovem e engravidou aos 17 anos. Não reclamava, pois tinha construído um lar. Se bem que, às vezes, se pegava pensando na irmã caçula, a rebelde Isabelle Rossignol.

Isabelle, por sua vez, vivia sendo expulsa das escolas e, agora, aconteceu de novo. Seu pai não suportava isso e teve que acolhe-la, já que o clima não era nada bom: a 2a guerra estava começando na França e tudo estava o caos. Bombardeios, fugas, prisões, nada era seguro.

Antoine teve que servir o país, deixando Vianne sozinha com a filha, mas logo Isabelle apareceu por lá e começou a se indignar com o rumo das coisas: faltava comida, os alemães estavam se apoderando de tudo e não tinham liberdade alguma, tudo era controlado por eles. Inclusive, a casa de Vianne, que passou a ser ocupada por um oficial alemão como se fosse um hóspede. Aí, Isabelle não aguentou e tomou uma decisão que a separou da irmã e a levou por um caminho bem longe e cheio de conflitos.

Fome, perdas, dores de todos os tipos, incertezas, traições, torturas são um pouco do que vemos na trajetória das irmãs, pois passamos a acompanhar a vida de Vianne pra sobreviver (e lutar por sua família e amigos próximos) e de Isabelle na luta pelo fim da guerra e por justiça.

O livro te envolve de tal forma que você sofre junto, torce junto e chora junto com as irmãs.

O final é surpreendente e fecha a trama de uma forma sensível e emocionante.

Leitura indispensável, super recomendo!


Nenhum comentário:

Postar um comentário