Martha Medeiros
L&PM Editores - 216 páginas
"Só nos tornamos adultos quando perdemos o medo de errar. Não somos apenas a soma das nossas escolhas, mas também das nossas renúncias. Crescer é tomar decisões e depois conviver em paz com a dúvida." (página 26)
Ganhei esse livro de uma grande amiga e, aproveitando uns dias férias, o levei pra viajar comigo. Nada mais gostoso que deitar numa rede e ler coisas leves como poesias, contos e crônicas.
Esse livro traz justamente essas últimas: 81 crônicas escritas para os jornais, no período de 2011 e 2013.
Algumas perdem um pouco o brilho por serem datadas: falam de uma notícia da época ou de algum filme/peça que acabou de estrear (logo, o frescor da novidade não existe mais). Outras, porém, abraçam assuntos universais, que não dependem de local, dia e hora pra acontecer. São as melhores. É quando a autora fala do amor, da solidão, da dor, das artes, dos relacionamentos e até da própria fama.
"Amar é lapidação..." (pág. 47)
"Tocar na dor do outro exige delicadeza." (pág. 48)
"Acreditar-se especial nos torna patéticos (...) Lutar contra o próprio ego não é fácil, mas é o único jeito de mantermos uma certa sanidade e paz de espírito." (pág. 95)
"Ter uma vida interessante depende apenas do olhar amoroso que lançamos sobre nossa própria história." (pág. 163)
"Se aquilo que gosto de ouvir estimula as mesmas sensações em quem convive comigo, cria-se um diálogo sem palavras, à prova de mal-entendidos." (pág. 168)
Duas crônicas são de leitura obrigatória, caso você comece a ler o livro e queira desistir no meio do caminho: "A melhor versão de nós mesmos" (pág. 133) e "Empatia" (pág. 163)
Boa leitura!
Nenhum comentário:
Postar um comentário