Malala Yousafzai (com Christina Lamb)
Companhia das Letras
"...somos um país com 180 milhões de pessoas, das quais 96% são muçulmanas. Temos também aproximadamente, 2 milhões de cristãos e mais 2 milhões de ahmadis, que se dizem muçulmanos..." (pág. 102)
O Vale do Swat (Paquistão) deve ser lindo: tem muito verde, rios com águas transparentes e vales com picos nevados. Ali nasceu Malala, uma garota que ficou mundialmente conhecida por ser vítima do Talibã. Aos 15 anos ela foi baleada dentro do ônibus escolar que a levava para casa e quase perdeu a vida.
Tudo porque ela e seu pai sempre se engajaram em prol da educação para todos: meninos e meninas, pobres e ricos.
O livro conta um pouco da história do Paquistão e da cultura de seu povo, mas conta também como era a vida da família de Malala (com pai dono de escola, mãe analfabeta e dois irmãos menores) e de seu círculo de amigos.
Malala sempre foi muito inteligente: desde pequena competia com suas colegas para tirar o 1º lugar na classe. Gostava de fazer piquenique com as amigas e amava livros de vampiros. Aprendeu inglês e pegou gosto pelo microfone, quando viu que podia falar ao mundo da triste realidade de seu amado país: era seu direito lutar por sua educação e de suas colegas.
"...nos aproximávamos do prazo determinado pelo Talibã para que as meninas deixassem de ir à escola. Como impedir 50 mil meninas de ir à escola em pleno século XXI?" (pág. 168)
Alguém tinha que se manifestar e ela, com o apoio do pai Ziaduddin, decidiu falar, apesar das ameaças do Talibã. Ela achava que não era um alvo possível, até que sofreu o atentado quase fatal, que só a calou por pouco tempo.
Leitura indispensável!
obs: hoje, Malala mora em Birmingham com sua família, criou a Fundação Malala e ainda sonha voltar para seu lindo Vale no Paquistão.
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