Guilherme Antunes
Editora Penalux - 136 páginas
"Deus se encontra no comum, no cotidiano, no trivial, no banal, no corriqueiro e batido." (página 9)
Deus se encontra nos momentos do cafezinho com os amigos: quer comunhão mais gostosa que essa? Hora em que ouvimos o outro com tempo e atenção, que abrimos nosso coração, que rimos, que soluçamos... tempo que adoçamos - ou não - essa bebida tão deliciosa, que já saboreamos só de sentir o cheirinho?
Quantas vezes levantamos com tanta pressa, que nem enxergamos nossa melhor companhia no café da manhã?
"Deus é o silêncio que deseja ser escutado. E que nos aguarda para o desjejum." (pág 10)
E, brincando com sua prosa poética, o autor fala do amor, da compaixão, das felicidades, das liberdades da vida. Mas, fala também da morte, das mentiras, do ego, das raivas e dos medos.
"Sentia-se a única neste mundo a conhecer com intimidade o sobrenome das tristezas." (pág.18)
"A tristeza é como a notícia da casa a demolir-se onde já fomos felizes." pág 101)
"O amor é o abajur que apago para dormirmos juntos." (pág.121)
Cada prosa é uma música que meu coração brinda: ora com surpresa (Como ele escreveu isso sem me conhecer?), ora com alegria (então ele também sente isso que não sei descrever?), ora com tristeza (existem dores que são universais e nem por isso deixam de doer)
"As palavras podem ser doçura ou espinho: depende de como amanhece o coração." (pág.93)
Ah, amigo, que seu coração possa amanhecer sempre feliz e que a doçura da sua vida transborde sempre em palavras que acalentem nossos corações. Não para de escrever não...
Boa leitura!
obs: outras obras do autor que li e amei: Teoria Geral do Desassossego e A vigésima segunda visita da generosidade
Obrigado pelo carinho. :)))
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