Rubem Alves (1933-2014)
"Um passado que se compartilha é um sacramento de solidariedade." (página 80)
2014 foi um ano complicado na literatura: perdemos João Ubaldo, Ariano Suassuna, Ivan Junqueira e Rubem Alves. Todos com seus dons e méritos, mas Rubem era o meu favorito.
Talvez porque ele soube ver a beleza de Deus na criação, nas coisas simples da vida; talvez porque ele entendeu que educar uma criança envolve amor e paixão acima de tudo.
Assim como em Ostra feliz não faz pérola, e outras obras e textos, ele faz poesia com a beleza das coisas, com a natureza, com o amor, com a solidão, com a dor e a morte.
"A beleza é a face visível de Deus." (pág. 16)
"O ato de ver é uma oração (...) Quem experimenta a beleza está em comunhão com o sagrado." (pág. 19)
"Toda alma é uma música que se toca (...). A poesia revela a comunhão." (pág. 22)
"A poesia opera ressurreições." (pág. 33)
"Os olhos dos poetas são sempre olhos que se despedem." (pág. 37)
"E, no entanto, é isto que nós somos, sem que tenhamos coragem para dizê-lo: um adeus." (pág 67)
"A paixão é uma perturbação da tranquilidade da alma." (pág. 115)
Ler Rubem é como brincar: faz bem para a alma!
Boa leitura.
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